Pensava eu que era aquela mão que me ia ser dada. Cruzar-se-iam os nódulos dos dedos como quem mistura água com álcool. Ficaríamos suspensos na transcendência do momento. Refinariam-se os sentidos, num embófio orgulho de quem não calou o reprimido. Sonhar-se-iam capítulos de vida em seguimento de um abraço profundo; e, num ímpeto oxigenado de quem faz luz ao cérebro, armar-se-iam os braços ao trabalho.
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