Corro livre em direcção ao mar,
Trago a morte no pé esquerdo.
Renasço no pé direito.
A areia enterra-me os olhos,
e eu fico morta,
despojada na espuma que me cobre.
Desfaço-me em ondas.
Ouço o teu nome no fim do mar
e rebento.
Sou vaga.
20120831
20120802
Julguei-te a imortalidade
escondida,
por detrás dessa tua pele velha,
dessas tuas mãos,
já ásperas de tanto agarrar a vida.
E o teu cheiro,
que é o mesmo cheiro
de quando a chuva bate na terra,
traz-me a infância de volta.
E o teu colo,
lembra-me o calor das três da tarde,
e as sestas de verão,
em que eu e tu fingíamos dormir,
e era ali,
debaixo do sol,
que sonhavas.
Ensina-me a ser contínua,
a não fazer pausas no amor que tenho à vida;
a acreditar na água da fonte.
Avó,
ensina-me a não ver poesia.
escondida,
por detrás dessa tua pele velha,
dessas tuas mãos,
já ásperas de tanto agarrar a vida.
E o teu cheiro,
que é o mesmo cheiro
de quando a chuva bate na terra,
traz-me a infância de volta.
E o teu colo,
lembra-me o calor das três da tarde,
e as sestas de verão,
em que eu e tu fingíamos dormir,
e era ali,
debaixo do sol,
que sonhavas.
Ensina-me a ser contínua,
a não fazer pausas no amor que tenho à vida;
a acreditar na água da fonte.
Avó,
ensina-me a não ver poesia.
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