o espaço que criei de raiz
em que, sem regar,
cresceram cidades invisíveis.
sem vida na margem dos rios
sem longos passeios à beira mar
com pessoas que nunca vi
e famílias desencontradas,
amores platónicos,
e olhos a viver no espaço sideral,
e eu,
sem saber se existo,
porque nem me vejo.
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