Sonhos feitos à chuva ou então,
maõs dadas no fim de uma tarde quente, com céu cor de rosa. Com tão mais amor.
Não amei nos outros dias, nos dias em que parece que vai chover, ou nos dias em
que a trovoada nos aguarda desprevenidos para rebentar, ou naqueles dias em que
o sol luta para sair da sombra. Esses dias não são suficientes para que a
auréola inebriante do amor nos envolva. Um par de olhos, sozinhos, são
suficientes para contemplar um entardecer igual a tantos outros. Sei olhar as
nuvens, sei-o desde pequena. Mas perco-me nos passos se danço à chuva sozinha. É
preciso amor. Preciso do meu amor. Que situação ridícula desejar a chuva numa
noite de verão e, mesmo assim, tanto a queria.
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